ENTÃO QUEREM SE CASAR?
Chegou o tempo de
pensar de se casar? Bom! Sim, muito bom! A instituição de matrimônio foi
estabelecida por Deus, ainda antes de o pecado vir ao homem (Gn 2.18-25).
Depois do aparecimento do pecado e a eventual maldição e o justo castigo do
mesmo, o matrimônio continuou sendo venerado diante de Deus (Hb 13.4). Deus,
com muito prazer, ainda se ajunta um homem e mulher em casamento. Aquele homem
que acha uma esposa virtuosa alcança a benevolência do SENHOR Jeová (Pr 18.22).
Abençoada e forte a união estabelecida pelo casamento quando Deus está no meio
dela (Ec 4.12). Podemos declarar aos que contemplam a se casarem dentro das
limitações bíblicas: contemplam uma coisa muito boa!
Como um pastor que
vai dar conselhos aos aspirantes dessa benção de casamento, creio que, além de
verificar que o homem e a mulher que estão contemplando a se casarem sejam
verdadeiramente regenerados, existem três áreas de conselho muitos importantes.
Essas áreas são: o lugar da Bíblia no relacionamento, os papeis de cada um no
relacionamento, e o ajuntamento especial dos casados.
O Lugar da Bíblia
no Relacionamento
O casamento, por
trazer um homem e uma mulher a ocupar um espaço único, tem desafios inatos.
Geralmente são duas personalidades opostas, mas complementares, que se ajuntam
no casamento. Tradições, culturas, manias, idiossincrasias, cosmovisão e
esperanças diferentes são algumas dos fatores que fazem a união ter fortes
desafios. Finanças, parentes, e religião são outros fatores que colocam pressão
sobre o lar que é constituído pelo casamento. Mas, no contexto das belezas e
vantagens do casamento sobre uma vida solitária, o sábio Salomão relata o fato
que o “cordão de três dobras não se quebra tão depressa” (Ec 4.12). Graças a
Deus, há uma maneira de evitar o rompimento dessa união venerada por Deus! Além
do homem e da mulher que estão se casando, a sabedoria de Salomão instrui que a
união formada desse casamento deve incluir Deus integralmente.
Deus é incluído no
casamento quando os casados oram e leem a Palavra de Deus juntos. Não estou me
referindo ao tempo que cada um se dedica à leitura particular. Essa leitura
particular deve continuar depois do casamento para que cada um se tenha um
relacionamento saudável para com Deus. Mas, agora que estão juntos pelo
matrimônio, para ter a sabedoria de se lidar com os desafios que naturalmente
existem, é aconselhável que além de adorar o Senhor publicamente juntos devem
ter diariamente a leitura bíblica juntos. Essa prática previne muitos erros que
podem surgir no dia-a-dia desta união gloriosa. A leitura, e melhor ainda, o
estudo juntos da Palavra de Deus, ilumina o caminho de maneira que tanto o
casal é abençoado quanto Deus é glorificado (Sl 119.11, 105). Salmos 144:15,
“... bem-aventurado é o povo cujo Deus é o SENHOR.” Pela leitura da Bíblia
diariamente o casamento é abençoado com a força de uma corda de três dobras
pois Deus está contado como fazendo parte integral de tal casal.
Se o leitor esteja
namorando ou já noivando, ainda não casado, a inclusão desse hábito de orar e
ler a Bíblia juntos quando se vêem um e o outro, não somente abençoa o namoro e
o noivado como também estabeleça um habito saudável para o eventual casamento.
Os Papeis de Cada
um no Relacionamento
Deus, Quem
instituiu o casamento, também estabeleceu os papeis de cada participante do
lar. Se cada um do relacionamento se atenta solenemente a essas
responsabilidades, certamente evitará muitos abismos destruidores. Aquele
relacionamento que está sério em cumprir seus deveres primeiramente para com
Deus, terá um crescimento na maturidade e criará um ambiente onde o amor
deleita-se habitar.
Os papeis de cada
um são destacados pela Bíblia toda mas, por agora, mencionarei somente duas
referências: Gn 2.18-25 e Ef 5.22-29.
Na primeira
referência aprendemos que o homem foi criado primeiro e a esposa foi criada
para ajudá-lo. Por isso, ele tem a liderança no relacionamento e é o seu dever
proteger e sustentar o lar. Ela foi feita uma ajudadora idônea, ou seja, ela
perfeitamente preencha as necessidades do seu marido no relacionamento e
andamento do lar. Ela foi feita de uma costela dele significando essas posições
de cada um no relacionamento. Uma referência complementar é 1 Tm 1.11-13.
A referência em
Efésios nos dá modelos dos papeis para cada um seguir. Em primeiro lugar, para ser
um relacionamento abençoado, o homem deve amar a sua esposa como também Cristo
amou a igreja. Esse amor é o mais alto e auto-sacrificante tipo de amor que
existe. É o mesmo amor que Cristo manifestou à Sua igreja, pois “a Si mesmo se
entregou por ela” (Ef 5.25). O homem que se ama a sua esposa dessa maneira
certamente trará ricas e gloriosas benções para o relacionamento. À medida que
ele se afasta desse modelo divino é a mesma medida que será ausente às benções
divinas no casamento.
Em segundo lugar, para
ser um relacionamento abençoado, a mulher deve sujeitar-se ao seu marido como
também a igreja está sujeita a Cristo. Essa sujeição ao marido não é a negação
que a mulher tenha uma personalidade e opinião própria ou admissão de
inferioridade, mas é a afirmação que ela confiadamente segue as orientações do
seu marido, e que a sua posição no lar é diferente da posição do marido. Ela é
a protegida, a sustentada e a amada. Ele é o cabeça dela, e ela é a ajudadora
idônea dele. A esposa que rebela dessa posição abençoada no lar impede que o
lar tenha as bênçãos reservadas para aquele relacionamento que espelha a imagem
de Cristo.
Talvez a namorada
pergunte: Como posso saber se o meu namorado tomará a liderança cuidadosa que é
necessária depois do casamento? A resposta é evidente: se ele está tomando a
liderança no namoro, sustentando-o com oração e cuidado, procurando ser um
cabeça auto sacrificante agora, ele será no casamento também. De outra forma,
se não está exercendo a posição devida solenemente agora, ou ele aprenda logo a
ser responsável nessa área, ou continua sendo displicente com tal
responsabilidade para a perda de muitas bênçãos. Se não haja desejo de
adequar-se à posição devida, pode ser que o casamento não deve ser mais
contemplado.
Talvez o namorado
pergunte: Como posso saber se a namorada minha será sujeita a mim como a igreja
está sujeita a Cristo depois de sermos casados? Essa resposta também é
evidente: se ela está procurando a ser uma ajudadora idônea já e está em tudo
sujeita, ela aperfeiçoará essa virtude depois do casamento. De outro lado, se
ela recusa de conformar ao exemplo divino agora, ou ela começa de aprender, ou
continua sendo um vaso que não trará as bênçãos de Deus ao relacionamento e ao
futuro lar. Desse último caso, será prudente parar qualquer preparação de
casar-se.
O Ajuntamento
Especial dos Casados
Quando Deus trouxe
a esposa de Adão a ele, Adão exultou na sabedoria e amor de Deus. Com a união
desse homem com essa mulher, os dois formaram uma entidade nova, ou seja, uma
só carne. Com o casamento, cessou a existência das duas individuais e se formou
uma nova entidade: o casal casado, ou seja, uma só.
Convém que os que
estão se namorando ou se noivando saibam da existência dessa união especial que
formarão. Convém que se preparem a agir conforme o seu alto valor. Quando Adão
recebeu a sua esposa da mão de Deus, ele declarou com toda sabedoria: “Portanto
deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão
ambos uma carne.” (Gn 2.24). Por causa dessa união especial que o matrimonio
traz ao homem, e à sua mulher juntamente é claro, ele prontifica imediatamente
a deixar e apegar-se ao seu cônjuge.
O deixar mencionado
necessário depois de consumar essa união especial e venerada, inclui atitudes
tanto do marido quanto da esposa para com os seus devidos pais. O casal tem que
deixar (‘abandonar’ ‘desistir’) os laços com o pai, e, é claro, com a mãe
juntamente, e apegar-se (‘colar-se’ ‘ajuntar-se’) ao cônjuge. Esse deixar do
pai e da sua mãe deve ser feito nas varias áreas da vida: emocional,
financeira, geográfica, e íntima.
Na medida em que o
casal novo se distancia dos relacionamentos posteriores, que eram naquela época
importantíssimos e necessários, e se foram uma entidade própria, mais abençoada
a vida do casal recém-casado.
Conclusão: Existem
mil conselhos para um pastor dar aos que se contemplam o casamento que não
posso enumerar agora. Todavia, se essas três áreas forem estudadas e aplicadas
no seu devido tempo, as áreas não mencionadas acharão soluções.
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